Nesta quinta-feira 9, a Inglaterra se veste de preto, em luto pela morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos de vida, a monarca passava longe desse tom escuro. Suas escolhas eram sempre por roupas de cores vibrantes, não só para se ressaltar na multidão e permitir que todos a vissem, mesmo a longas distâncias, mas também para transmitir alegria aos súditos. Mesmo obedecendo todos os códigos de vestimenta real – o chapéu clássico era obrigatório, embora ela gostasse de combinar com a cor de seus looks feitos sob medida – a monarca sabia que todos queriam saber e ver o que ela vestia. “Ela desenvolveu um estilo próprio”, afirmou Elizabeth Holmes, criadora do livro “HRH: So Many Thoughts on Royal Style”.
Preto, só o icônico sapato de saltinho, da marca Anello & Davide of Kensington, que usava há mais de 50 anos e a inseparável bolsinha da grife britânica Launer, na qual levava batom, balas de menta, óculos de leitura, espelho, e usava para discretamente avisar seus assessores sobre alguma situação. Segundo Sally Bedell Smith, criadora do livro “Elizabeth the Queen: The Woman Behind The Throne”, dependendo do posicionamento da bolsa, por exemplo, ela poderia indicar que não queria esticar uma conversa com alguém, pedindo ajuda para sem ser deselegante.
Sobre as joias, mesmo com peças de custo imensurável, a rainha sempre foi discreta em relação elegância das pérolas, em brincos e colares que usava no dia a dia, além dos broches. “Eram apenas três colares de pérolas. Mas a rainha se divertia muito com a moda”, disse a especialista.
Para a escolha de suas roupas, a monarca contava com a ajuda de sua assistente pessoal e conselheira Angela Kelly, que em seu livro “Dressing The Queen”, conta que Elizabeth tinha muita ciência do que combinava com ela e seria adequado para cada situação. “A rainha tem uma compreensão espectacular de roupas e moda”, escreveu. Na verdade, ela tinha. E assim como entrou para a história como a rainha mais longeva do Reino Unificado, entrará para a história da moda, como um ícone de estilo.